Em busca de definições encontrei-me num barco, a beira de um porto sinuoso, onde as madeiras retorcidas beijavam o mar e o mar em contrapartida, apenas aceitava, como um filho que causa decepção à um pai, mas que continua à morar com eles, por dó de seus hereditarios.
Todavia, nenhum barco há de se ancorar pela eternidade, e quando a madeira apodrecida do porto senil largar-se de vez dos seios maternos do mar fúria, meu barco irá navegar, vagamente errante até encontrar um outro porto, seguro por sua vez, para que lá fique ancorado até se dissolver, no relento cômodo da calmaria risível.
Vida eterna amor, vida eterna.
Por Bruno Felipe